Alta dos preços preocupa consumidores; confira dicas para comprar alimentos in natura
Nutritivos, coloridos e saborosos, legumes, frutas e verduras são essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. Segundo o guia elaborado pelo Ministério da Saúde com a Universidade Federal de Minas Gerais, o consumo dos itens in natura tem relação direta com a promoção da saúde e melhoria na qualidade de vida.
Com a alta dos preços, porém, nem sempre é fácil fazer compras no hortifrúti sem comprometer o orçamento. De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas, nos últimos 12 meses os legumes, as frutas e as verduras acumularam alta de 24,35%, quase o triplo da inflação no período.
Diante desse cenário, economizar nas compras com vale-alimentação no hortifrúti se tornou uma necessidade para o bolso dos brasileiros. Órgãos como o Serasa e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) dão dicas que ajudam a manter uma dieta saudável e a minimizar os gastos com alimentos naturais.
A primeira dica fornecida pelo Serasa é ter atenção na hora de elaborar a lista de compras. Antes de sair, é preciso analisar quais itens serão realmente consumidos para evitar o desperdício.
A orientação do órgão é anotar assim que os alimentos forem acabando em casa. Dessa forma, será mais fácil manter a relação atualizada com itens que a casa consome.
A prática de elaborar listas para fazer compras é bastante comum no Brasil e pode ser uma aliada para quem busca economizar tempo e dinheiro no hortifrúti.
De acordo com a Proteste, saber as melhores datas para ir ao mercado ajuda a economizar no valor total. Normalmente, a primeira semana do mês costuma ser o período em que as pessoas recebem os salários, aposentadorias e pensões. Consequentemente, é comum que façam compras logo depois.
O órgão orienta o consumidor a não ir ao hortifrúti nesses dias, pois o aumento da procura faz com que os valores acabem subindo ainda mais.
Uma das principais dicas para economizar nas compras é escolher os alimentos que estão na safra. Essa é uma orientação tanto do Serasa quanto da Proteste e pode poupar significativamente o saldo do vale-alimentação.
Como são propensos a se desenvolver naquele período e clima, os alimentos da estação necessitam de menos agrotóxicos para seu cultivo. Portanto, ter atenção a esse detalhe ajuda também a adquirir produtos mais nutritivos e frescos.
Alguns alimentos característicos entre os meses de janeiro a fevereiro são abóbora, alface, beterraba, tomate, quiabo, goiaba, mamão, melancia e uva. De março a abril, estão o repolho, milho, berinjela, banana, jaca, kiwi, limão e pera.
Chegando no período de maio a agosto, os preços da cenoura, chuchu, inhame, nabo, brócolis, cebola, mandioca, couve, acerola, caqui, figo, caju, e morango provavelmente estarão mais acessíveis.
Na reta final do ano, é hora de aproveitar para investir em espinafre, pepino, pimentão, rúcula, vagem, alho-poró, jabuticaba, manga, ameixa, amêndoa, damasco, framboesa, graviola, pêssego e romã.
Utilizar ao máximo os nutrientes que os alimentos podem oferecer também é uma forma de economizar nos gastos do hortifrúti. Segundo a Proteste, reaproveitar as cascas, sementes e folhas dos alimentos pode ajudar a elaborar receitas nutritivas e de quebra diminuir o valor das compras no vale-alimentação.
Para introduzir pratos com os “restos” dos alimentos, o consumidor deve ter criatividade. De acordo com o livro “Sabor sem desperdício” elaborado pela Mesa Brasil Sesc São Paulo, é possível fazer bolos, caldos, sucos, tortas, quiches e pães utilizando as sobras de frutas, legumes e verduras que costumam ir para o lixo.