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Cursos subsequentes preparam profissionais para atuar em áreas de ponta e de mercado aquecido
Ofertadas pelo Coltec, formações técnicas em Biotecnologia e Desenvolvimento de Sistemas recebem inscrições até 10 de janeiro
O Colégio Técnico da UFMG (Coltec) abriu inscrições para o processo seletivo para cursos técnicos subsequentes de Biotecnologia, com ênfase em análises clínicas, e Desenvolvimento de Sistemas, com ênfase em programação de dispositivos móveis. Os cursos técnicos subsequentes são destinados aos estudantes que já concluíram o ensino médio e desejam formação técnica profissional.
A seleção será feita por meio de nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que tenha sido realizado entre 2017 e 2022. A inscrição custa R$ 30 e deve ser feita pelo site da Comissão Permanente de Vestibular da UFMG (Copeve). Os cursos têm duração de dois anos e serão ministrados no período noturno, no campus Pampulha, a partir de março de 2023.
Segundo a professora Allana Mátar, os cursos subsequentes são alternativa para estudantes que já se formaram no ensino médio e desejam uma formação complementar que os ajude a ingressar no mercado de trabalho. “Porque são noturnos, os cursos podem ser conciliados com o trabalho ou até mesmo com um curso de graduação. Cursos técnicos se notabilizam por sua boa empregabilidade. Os egressos das formações subsequentes acabam conseguindo boas posições no mercado de trabalho, visto que há escassez de profissionais com esse perfil”, explica.
São ofertadas 36 vagas para o curso de Biotecnologia e 36 para Desenvolvimento de Sistemas. Das 72 vagas, 36 são reservadas para alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública, havendo ainda separação de vagas de acordo com a renda familiar bruta e a autodeclaração de negros (pretos ou pardos) e indígenas. O resultado final será divulgado em 28 de fevereiro.
Oportunidades
O curso de Biotecnologia, com ênfase em análises clínicas, forma profissionais de nível técnico de excelência que tenham aptidão para desenvolver suas atividades profissionais em indústrias farmacêuticas, médicas ou veterinárias. Os egressos poderão trabalhar na produção de imunobiológicos, como vacinas, diluentes e kits de diagnóstico de diversas doenças infecciosas ou não infecciosas.
Os futuros tecnólogos serão capazes de participar da implantação de novas tecnologias relacionadas à natureza humana e animal, podendo atuar também em centros ou instituições de pesquisas públicas ou privadas. Lara Godoi, professora do curso, afirma que a Região Metropolitana de Belo Horizonte sedia diversas indústrias e laboratórios que absorvem os profissionais.
“O mercado de biotecnologia registrou grande crescimento nos últimos anos devido à pandemia da covid-19. Trata-se de um segmento amplo, que oferece múltiplas oportunidades e que está em ascensão. Temos, atualmente, vários estudantes que trabalham no CTVacinas”, exemplifica Allana Mátar. O CTVacinas da UFMG, que será transformado no Centro Nacional de Vacinas, sedia os estudos que resultaram na SpiN-TEC MCTI UFMG, a primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida integralmente no Brasil.
O curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas, com ênfase em programação de dispositivos móveis, forma profissionais capazes de desenvolver programas de computador para dispositivos móveis, como os smartphones, seguindo as especificações e paradigmas da lógica e das linguagens de programação.
Os estudantes são preparados para utilizar ambientes de desenvolvimento de sistemas, sistemas operacionais e banco de dados, e realizar testes em programas de computador, mantendo registros que possibilitem análises e refinamento dos resultados. A formação também propicia ao profissional atuar na manutenção de programas de computadores implantados.
“Esse curso costuma ser procurado por pessoas antenadas e familiarizadas com o mundo digital. O egresso sairá com bagagem para atuar em qualquer área de tecnologia da informação e para ocupar espaços em um mercado muito aquecido. Há muitas vagas e déficit de profissionais capacitados. Estudos mostram que, até 2025, as empresas de tecnologia vão demandar quase 800 mil novos profissionais na área”, informa João Eduardo Montadon, coordenador do curso.
Veja o edital do processo seletivo:
