Polícia indicia três homens por tentativa de feminicídio em Caeté

Todos os casos de tentativa de feminicídio, investigados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na cidade vizinha de Caeté, em pouco mais de um mês, terminaram com o indiciamento e prisão pelo crime.

Em duas ocorrências, os homens agrediram severamente suas companheiras e, após os fatos, ainda, as ameaçaram de morte. Já na terceira ocorrência, o suspeito quase tirou a vida da própria irmã. Os fatos ocorreram entre 1º de janeiro e 8 de fevereiro deste ano.

Caso a caso

No caso mais recente, dia 8 deste mês, o agressor, de 50 anos, não aceitou a recusa da companheira, de 44, em ir a uma igreja diferente da que ela frequenta. A mulher se deslocou para o quintal e, enquanto fumava, o investigado começou a agredi-la. O primeiro golpe foi na nuca, seguido de diversos socos. Ele chegou a buscar um botijão de gás para arremessar contra a cabeça da vítima, mas ela conseguiu se desvencilhar e sair do local. Ainda assim, o suspeito a perseguiu e a violência só cessou quando o filho dela e um vizinho intervieram. O investigado foi preso no último dia 14, na capital.

Quanto à segunda ocorrência, a vítima, de 22 anos, foi agredida pelo companheiro, de 27, com socos, chutes e ferimentos a faca, inclusive, acertando a cabeça dela. O crime foi em 21 de janeiro. No momento, a jovem estava com a filha de 8 meses no colo, que também foi machucada com um corte no cotovelo. Conforme apurado, o casal está em processo de separação e uma discussão acerca de eventual pensão alimentícia quase terminou com a morte da mulher. A prisão do suspeito foi cumprida em 7 de fevereiro.

Já o primeiro registro, em 1º de janeiro, envolve um homem, de 29 anos, e a irmã dele, de 23. No dia dos fatos, ele invadiu a casa da vítima, a chutou, deu socos e agarrou o pescoço dela para a estrangular. Mas o suspeito escorregou e a mulher conseguiu se esconder. Como não a encontrou, o investigado passou a danificar o veículo da jovem e proferir ameaças contra ela. Ele foi detido em flagrante e, dois dias após representação da PCMG, a Justiça converteu a prisão em preventiva.

Denúncia

O Delegado Robert Taves reforça que todos os casos de violência doméstica devem ser denunciados. Qualquer pessoa que se deparar com uma situação de crime contra a mulher deve fazer a denúncia, seja um vizinho, um amigo, um parente. “O trabalho conjunto da população com a Polícia faz com que a persecução penal tenha êxito. É imprescindível buscar ajuda. A Polícia é muito sensível a esses casos, porque sabemos da recorrência, gravidade e firmeza do propósito de lesar, de matar, que é muito forte em crimes passionais. E buscamos dar respostas rápidas como demos nesses três casos”, assinala.

Denúncias podem ser feitas diretamente em uma unidade policial ou pela Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, Ligue 180.

Compartilhe:

Veja stories do Sou Sabará

Veja stories do Sou Sabará Notícias