[Vídeo] Cemig esclarece sobre operação na PCH Rio de Pedras, em Itabirito

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A Cemig encaminhou para o Sou Sabará esclarecimentos sobre a operação na PCH Rio de Pedras, em Itabirito, conforme a empresa, a operação foi realizada para diminuir o fluxo do Rio das Velhas.

A Cemig esclarece que a Pequena Central Hidrelétrica Rio de Pedras (PCH) localizada no Rio das Velhas, em Itabirito, não foi responsável pela inundação de bairros de Sabará, durante as fortes chuvas que atingiram a cidade na última semana. A Companhia esclarece também que a PCH está em manutenção e, por isso, vinha mantendo as comportas abertas e o reservatório sem nenhuma acumulação de água. Na última sexta-feira (24/1), as comportas foram fechadas parcialmente para diminuir o fluxo do Rio das Velhas e minimizar os efeitos da cheia, que vinha ocorrendo nos rios que deságuam entre a usina e as cidades abaixo da PCH.

Ao longo da tarde da última sexta-feira, essa operação fez com que o reservatório retivesse, em média, 130 metros cúbicos por segundo, contribuindo para minimizar os efeitos das cheias a jusante da usina. A vazão que estava chegando à PCH estava em torno de 165 metros cúbicos por segundo, enquanto a liberação do reservatório era de apenas 35 metros cúbicos por segundo.

Dessa forma, o nível do reservatório da PCH Rio de Pedras chegou próximo do seu limite máximo e, para não causar danos à estrutura, a Cemig liberou a vazão natural que recebia da chuva, gradativamente, para a calha do Rio das Velhas.

É importante destacar que abertura das comportas não é responsável pelas inundações. Com as comportas fechadas, a água da chuva é acumulada no reservatório, e isso permite que os órgãos oficiais, como a Defesa Civil, acionem em tempo hábil os alertas sobre a elevação do nível dos rios para a população, especialmente daquelas que são ribeirinhas. Mesmo quando o reservatório está cheio, a liberação de água acontece de forma gradativa e, no máximo, com a mesma vazão que chega à barragem.

Distância do reservatório para as cidades

Ao longo do Rio das Velhas, há um trecho de mais de 62,5 km entre a usina de Rio de Pedras e o município de Sabará, com a contribuição de diversos outros cursos d’água (Rio Itabirito, Rio do Peixe, Ribeirão Macacos, Ribeirão Cambimba, Córrego Cortesia e Ribeirão do Cardoso (Veja aqui)). Como exemplo, ao considerar a área de captação de chuvas (área de drenagem da bacia), a estação de monitoramento de Raposos (a 50 km de distância da usina ao longo do rio das Velhas) possui uma área total de 1.450 km². Comparativamente, ao considerar a área de captação do reservatório da usina, o valor cai para 38% do valor em Raposos (564 km²). Ou seja, a produção de água a partir de eventos chuvosos é muito maior para o trecho entre a barragem de Rio de Pedras e a cidade de Sabará do que o reservatório recebe.

Vale destacar que a distância de mais de 62,5 km entre a usina e o município de Sabará, a grande quantidade de afluentes do Rio das Velhas no trecho e a ausência de monitoramento automático dos níveis no trecho da cidade não permite traçar uma relação direta entre as vazões de tempo real da PCH Rio de Pedras e os limites de inundação na região. Isso foi perceptível especialmente no evento da última terça-feira, dia 28/01, quando houve novamente problemas aumento do fluxo do Rio das Velhas, enquanto a PCH Rio de Pedras não recebia mais que 17 metros cúbicos por segundo (vazões da ordem de 8% do máximo recebido no evento do dia 24/01).

Aplicativo Proximidade

A população pode acompanhar as condições de operação dos principais reservatórios em tempo real por meio do aplicativo Proximidade (Android e IOS). A Cemig desenvolveu esse aplicativo com o objetivo de disponibilizar mais um canal de informações para as populações influenciadas pela variação dos níveis dos rios. A ferramenta permite uma comunicação mais efetiva com a comunidade por meio de cadastramento georreferenciado pelo dispositivo móvel do usuário. Pela plataforma web, os órgãos de proteção e defesa civil têm acesso à visualização e impressão de mapas em diferentes escalas e tipos, tais como foto de satélite, guia de ruas e mapa de terreno, além do envio de alertas para áreas selecionadas. Ao longo do ano passado, a Cemig realizou oficinas de trabalho junto a defesa civis locais a jusante de suas barragens, para auxiliar no uso da plataforma.

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