O homem foi envenenado por meio do seu café da manhã e de um achocolatado, antes de sair de casa para trabalhar em Sabará; ele foi socorrido, mas acabou morrendo
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou, nesta segunda-feira (24), uma mulher de 40 anos suspeita de matar o marido, investigador, lotado no Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. Ele foi morto por envenenamento após ingerir carbamato – um praguicida, conhecido popularmente como “chumbinho”. O homem foi envenenado por meio do seu café da manhã e de um achocolatado, de acordo com a Polícia Civil.
Segundo o delegado Emerson Morais, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Minas Gerais, o crime ocorreu no dia 9 de janeiro deste ano. “Logo depois de tomar o café da manhã e sair de casa para trabalhar, em Sabará, o Alexandre começou a passar muito mal vomitando, com desarranjo intestinal e dor no peito. Ele voltou para a casa pedindo ajuda e foi socorrido”, contou o delegado.
O investigador foi levado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nações Unidas também em Sabará. Depois ele foi transferido para o Hospital Luxemburgo e posteriormente para o Hospital São José, onde não resistiu e acabou morrendo, no último dia 17 de janeiro. Os médicos chegaram a sugerir que ele fosse levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas a mulher dele pediu que ele fosse para os hospitais particulares para os quais ele foi transferido.
Já nas unidades de saúde, os médicos constataram o envenenamento e posteriormente na necropsia foi encontrado no líquido gástrico da vítima o veneno. Na casa do casal também foram encontrados venenos na xícara em que o investigador tomou café e também em um achocolatado.
A mulher negou o crime no entanto para o delegado está claro o envolvimento dela. “Ela disse que ninguém além do casal frequenta a casa. Questionada sobre o veneno, ela não soube explicar e ainda ficou muito nervosa. Ela não chegou a fazer a limpeza da casa, segundo ela o cachorro do casal comeu as fezes e vômitos do Alexandre, no entanto o cachorro não passou mal, o que é um fato muito estranho”, considera o delegado.
Segundo ele, foram cerca de 20 testemunhas ouvidas e todas disseram que o casal estava com muitas desavenças amorosas e também financeiras. A mulher foi indiciada por homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de veneno, meio insidioso e com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima. Se for condenada ela pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Suicídio foi descartado
O delegado explica que não há indícios de suicídio. “Ele tem quatro armas legalizadas em casa e trabalha no IML, ele sabia como se matar de forma eficiente e indolor. Além disso ele voltou pra casa pedindo socorro, o que não é característica de quem quer se matar”, diz.
Ainda de acordo com o delegado, ele não tinha nenhum afastamento do trabalho, nenhum relato de depressão ou problemas psiquiátricos e estava feliz fazendo mestrado e tinha comprado um apartamento recentemente.
A vítima e o autor tinham filhos fora do casamento dos dois. O investigador deixou duas filhas de 12 e 14 anos e a mulher tem um filho jovem.
via tempo.com.br – Leia a matéria completa.