Moradores de Sabará e de diversos bairros de Belo Horizonte têm relatado nas últimas semanas um forte gosto de barro ou mofo na água que chega às torneiras. As denúncias circulam em redes sociais e grupos de mensagens, e vários moradores afirmam que mesmo após limpeza da caixa d’água e troca ou limpeza de filtros o gosto permanece.
Segundo relatos, a queixa não se restringe a um único ponto: há menções a ocorrências em bairros distintos da capital e na Região Metropolitana, incluindo pontos de Sabará. A insatisfação tem gerado dúvidas sobre a potabilidade e a segurança da água para consumo doméstico.
Em nota encaminhada ao Itatiaia, a Copasa informou que a água distribuída em Belo Horizonte, na Região Metropolitana e nas demais cidades onde atua passa por um “rigoroso processo de controle de qualidade” antes, durante e após o tratamento, atendendo aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde. A companhia afirmou ainda que análises foram realizadas nos locais solicitados e, até o momento, “não foi identificada nenhuma anomalia”.
A empresa reforçou que, em caso de suspeita de irregularidade, os clientes devem acionar os canais oficiais para que equipes técnicas realizem coleta e análise da água. O atendimento pode ser feito pelo site www.copasa.com.br, pelo aplicativo “Copasa Digital”, pelo telefone 0800 0300 115, pelo WhatsApp (31) 9 9770-7000 ou pelo web chat disponível no site da concessionária.
A Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) também se manifestou. Em nota, a agência informou que encaminhou “solicitação formal à Copasa para que apresente informações detalhadas sobre as análises realizadas, os resultados obtidos e as ações corretivas adotadas ou previstas para as áreas indicadas”. A Arsae-MG acrescentou que continuará acompanhando as informações e verificará se as medidas adotadas são eficazes para restabelecer a normalidade.
Veja a nota na íntegra:
“A Arsae-MG acompanha com prioridade as manifestações de moradores de Belo Horizonte que relatam alterações na percepção organoléptica da água, caracterizadas por gosto e odor de barro, em diferentes bairros da capital. A Agência compreende que situações dessa natureza geram desconforto e preocupação, e por isso direciona atenção especial à apuração e à solução da demanda.
Diante das reclamações, foi encaminhada solicitação formal à Copasa para que apresente informações detalhadas sobre as análises realizadas, os resultados obtidos e as ações corretivas adotadas ou previstas para as áreas indicadas. Embora a Arsae-MG não execute análises laboratoriais diretamente, cabe-lhe fiscalizar o atendimento aos padrões de potabilidade e avaliar a efetividade das medidas adotadas pela Copasa com base nos dados e evidências que a empresa é obrigada a fornecer.
Alterações no sabor e no odor da água podem ter origem em diferentes fatores. Entre eles, estão intervenções operacionais, como manutenções emergenciais, lavagens ou descargas na rede, que podem deslocar partículas acumuladas, bem como variações sazonais na qualidade da água bruta, mais comuns no inverno e na estiagem. Quando essas ocorrências se mantêm dentro dos parâmetros de potabilidade, não representam risco à saúde, mas a percepção sensorial da população é legítima e exige tratamento prioritário.
A Arsae-MG continuará monitorando de forma próxima as informações encaminhadas pela Copasa e verificando se as medidas adotadas são eficazes para restabelecer a normalidade.
A Ouvidoria permanece aberta para novos registros. Relatos com data, local e características observadas contribuem diretamente para o direcionamento das ações fiscalizatórias e para a cobrança de soluções rápidas e precisas junto à Copasa, assegurando a qualidade e a segurança da água distribuída à população”.
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