A Prefeitura de Sabará, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, diante do aumento de casos de Síndrome Gripal na cidade, publicou nas suas redes orientações para os moradores quanto aos principais cuidados de prevenção da doença e quanto à busca do atendimento, caso necessário.
Conforme o órgão, o principal objetivo é prevenir a disseminação dos vírus respiratórios e a evolução para os casos graves, especialmente em pacientes de grupos de risco.
Confira:
A primeira informação destacada é que as Unidades Básicas de Saúde (UBS – Postos) do município estão preparadas para acolher os casos de Síndrome Gripal. Especialmente nos casos leves a moderados, não se recomenda ir diretamente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA Sabará), uma vez que a UPA prioriza os casos de urgência e emergência.
Os pacientes de grupos de risco, principalmente gestantes, idosos, crianças menores de 5 anos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos, devem ter atenção redobrada. Em caso de suspeição, inicialmente, também devem procurar os postos de saúde nos bairros.
Sobre o aumento dos casos de Gripe Influenza e outros vírus respiratórios, para se evitar a infecção e a propagação desses agentes, são necessários o uso de máscara, a higienização frequente das mãos e evitar aglomerações. Aos pacientes infectados, uma importante recomendação para esse fim de ano é que sejam evitadas as reuniões familiares, a fim de diminuir a já elevada velocidade de transmissão comunitária desses vírus. Assim, também é fundamental o isolamento domiciliar para esses enfermos.
A Síndrome Gripal é caracterizada pela presença de alguns dos seguintes sintomas: febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse e coriza; em crianças, considerar também obstrução nasal; em idosos, podem estar associados a confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e perda de apetite. Pode ser causada por diversos agentes, alguns dos quais são preveníveis pelas vacinas existentes.
A Secretaria Municipal de Saúde enfatiza que está monitorando os atendimentos realizados, a equipe assistencial, os insumos e reforça o seu compromisso de zelar pela saúde da população sabarense. Quaisquer dúvidas podem ser esclarecidas na Unidade Básica de Saúde (UBS – Postos) mais próxima da residência.
Minas Gerais
Em meio ao aumento considerável de casos de doenças respiratórias nas últimas semanas em vários estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, a notificação de diagnósticos relacionados à influenza A/ H3N2 tem despertado a atenção de muitas pessoas. Isso porque os vírus da influenza A são comuns, mas sazonais – ocorrem nos meses do inverno. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde no dia 23/12 mostram que 147 casos do H3N2 foram diagnosticados por meio de amostras coletadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), além de um aumento de 36% nos atendimentos às doenças respiratórias somente na capital mineira.
“Isolamento por sete dias, higienização das mãos e uso das máscaras, assim como todos os cuidados que estamos tomando para nos proteger da covid-19, continuam valendo para as demais doenças respiratórias, como a influenza”, explica a diretora assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Lucineia Carvalhais, que também é médica infectologista. Segundo ela, os vírus da influenza são altamente contagiosos e podem acometer adultos e crianças; os casos não costumam evoluir para quadros graves, mas se somam às comorbidades existentes nos pacientes e, portanto, a atenção deve ser redobrada. São grupos de atenção, pelo maior risco, os pacientes nos extremos de idade (crianças na primeira infância e idosos), além de gestantes e puérperas.
A diretora lembra que é preciso conscientizar no que se refere às entradas de visitas e acompanhantes em hospitais e outras unidades de saúde, para evitar a transmissão a pacientes vulneráveis. Se a pessoa estiver com sintomas, o melhor é evitar o contato. A regra vale também para os profissionais de saúde, para que mantenham os cuidados em tempos de pandemia, mesmo com a vacinação avançada na população.
Os sintomas são aqueles conhecidos da gripe: tosse, febre (nem sempre), dor de garganta, coriza e mialgia (dores musculares). O tratamento pode ser feito com antitérmicos (no caso de febre) e analgésicos comuns, além de repouso.
Lucineia lembrou que a vacina contra a gripe, que consta no calendário da saúde, é atualizada todos os anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estuda as variações genéticas dos vírus e sua incidência atual. A influenza A/ H3N2, por exemplo, foi detectada pela primeira vez em 1968, em Hong Kong, e já compõe a vacina há alguns anos, acompanhando essas mutações virais, incluindo a que foi disponibilizada nos postos de saúde na última campanha, neste ano.
“O problema é que focamos na covid-19, as pessoas se vacinaram para essa doença e não se vacinaram contra as gripes. Além disso, na época em que seria normal a propagação da influenza (inverno), estávamos em casa nos protegendo da pandemia – o que impediu o vírus de circular naqueles meses. Com o aumento da circulação nas ruas, do convívio nas escolas e trabalho, o vírus se atrasou, começando um novo ciclo que irá terminar coincidindo com o próximo. Ou seja, não haverá um intervalo nos próximos seis meses”, explica a médica.
Mesmo que em sua maioria os casos não sejam graves, é bom alertar aos sintomas, que podem evoluir para internações hospitalares. Buscar orientação médica ainda é o melhor caminho para se evitar complicações e garantir uma boa recuperação.